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terça-feira, 1 de setembro de 2015

O teorema Katherine, de John Green - Opinião

Título original - An abundance of Katherines
Editor: Edições Asa
Sinopse: Dezanove foram as vezes que Colin se apaixonou. Das dezanove vezes a rapariga chamava-se Katherine.
Não Katie ou Kat, Kittie ou Cathy, e especialmente não Catherine, mas KATHERINE.
E das dezanove vezes, levou com os pés.
Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, doido por anagramas, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Então ele decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso. E evitar, se possível, ter o coração novamente destroçado. Tudo isso no curso de um verão glorioso passado com o seu amigo Hassan a descobrir novos lugares, pessoas estranhas de todas as idades e raparigas especiais que têm a grande vantagem de não se chamarem Katherine.


Opinião:
Este foi o segundo livro do aclamado autor que me propus ler, e foi igualmente, o segundo que publicou. Após uma aventura introdutória ao seu trabalho com À procura de Alaska, decidi que era tempo de conhecer outra obra. Optei por esta, pois a sinopse parece afastar-se do género de história do que li anteriormente, e a minha disposição no momento era para ler algo mais alegre.
O protagonista Colin é um jovem prodígio que ao longo da sua vida apenas se apaixonou por raparigas chamadas "Katherine", e todas as relações acabavam da mesma forma, elas deixavam-no. 
Após a 19.ª desilusão amorosa e com a permissão dos pais, ele decide partir numa aventura sem destino pelas estradas dos EUA com o melhor amigo Hassan. Deprimido, de coração partido e com receio de ter desperdiçado o seu potencial, esta pareceu-lhe uma ideia interessante já que não tinha nada a perder. 
Durante a viagem, quando ia visitar o túmulo de um personagem histórico sofre uma aparatosa queda, batendo com a cabeça, e é nessa altura que tem o seu momento "eureka" (seu sonho desde menino). Ele tem uma ideia para a criação de um teorema de previsão para relações amorosas, e decide trabalhá-lo, aplicando a sua experiência com as Katherines para comprová-lo.
Ao longo do livro acompanhamos o Colin durante as férias de Verão. O tempo presente é frequentemente intercalado com memórias dele, relacionadas com as diversas Katherines, permitindo-nos a conhecer parte da sua vida amorosa. 
São essas passagens que nos mostram aspectos da sua personalidade durante os relacionamentos, e confesso que em determinadas situações achei-o um bocado irritante. Por vezes o Hassan, pensa o mesmo e inclusive acha aborrecidas algumas conversas, pelo que frequentemente lemos frases como «não é interessante». Depois vemos que isso é uma maneira do Colin perceber que conteúdos deve ou não abordar numa situação social.
Os amigos dão por si numa pequena cidade no Tennessee, onde arranjam trabalho e novas amizades, e a restante trama decorre por estas bandas. As novas experiências por que passam, fazem-nos denotar crescimento pessoal, e a capacidade de se reinventar depois de um período menos bom.
Sem querer dar spoilers a quem não leu, quando surgiu o mistério com a Hollis e os segredos, desapontou-me descobrir a versão integral dos acontecimentos. Isto é, tinham um prodígio em casa e (quando descobriram) ele não pensou em nada? Por outro lado, fiquei satisfeita ao ver que a situação era tão altruísta. Apesar de estar a prejudicar-se, o pensamento era ajudar todas as famílias.
O livro acabou por revelar-se uma leitura leve, pautada por momentos cómicos e dinâmicos, excepto as partes relacionadas com matemática. Isso e uma grande panóplia de notas de rodapé foram também elementos que diferenciaram-no de outros livros que li. Até digo mais, o desfecho do livro é seguido por um apêndice elaborado a explicar o teorema.
Em todo o caso, achei a obra uma agradável leitura para este Verão, e continuo curiosa com o trabalho do autor.

2 comentários:

  1. Só li A Culpa é das Estrelas e gostei muito da escrita do autor. Quero ler mais, entre este e À Procura de Alaska qual me recomendas para ler primeiro?

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    1. Olá, não sei, acho que depende do teu estado de espírito porque o Á procura de Alaska acaba por ser um bocado dramático. Ainda estou para ler A culpa é das estrelas, Cidades de papel e Will e Will :)

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