segunda-feira, 18 de julho de 2022

Playlist for the dead, de Michelle Falkoff - Opinião

Título original -
Playlist for the dead
Sinopse: Here’s what Sam knows: There was a party. There was a fight. The next morning, Sam’s best friend, Hayden, was dead. All he left Sam was a playlist of songs—and a note, saying that he took his own life. But what Sam doesn’t know is: Why?To figure out what happened, Sam has to rely on the playlist and his own memory. But the more he listens, the more he realizes that his memory isn’t as reliable as he thought. Especially when someone claiming to be Hayden starts sending him cryptic messages, and a series of violent attacks begins on the bullies who made Hayden’s life hell.
Sam knows he has to face up to what happened the night. But it’s only by taking out his earbuds and opening his eyes to the people around him—including an eccentric, unpredictable girl who’s got secrets, too—that Sam will finally be able to piece together his best friend’s story.
And maybe have a chance to change his own.

Opinião:
Já tinha ouvido falar deste título de literatura contemporânea, mas só agora é que lhe dei mais atenção.
Playlist for the dead começa imediatamente com o Sam a encontrar o Hayden morto no quarto. Ele constata que o amigo suicidou-se ao deparar-se com um frasco vazio de comprimidos. Este calculou que o Sam seria quem o encontraria e deixou-lhe uma nota junto da playlist: "para o Sam, escuta e compreenderás".
O funeral acaba por ter um momento tumultuoso, o Sam abandona a cerimónia e dedica-se às músicas. De caras, apenas algumas delas consegue associar a determinados momentos.
À medida que o tempo vai passando, ele fica com a sensação que não entende nada, até que começa a conviver com outros colegas. À sua maneira, cada um deles tem algo a contar sobre Hayden.
A obra aborda um tema controverso - o suicídio - até hoje li pouca coisa que tocasse essa temática mas o que notei de caras, é que deixa algum peso nas emoções dos leitores, ou pelo menos aconteceu comigo e acabei me sentindo um bocado deprimida, ainda para mais que houve bullying envolvido e é terrível. Há sempre muitos "e se" e a maioria dos personagens acaba por sentir que tem alguma responsabilidade pelo que aconteceu, seja de forma directa ou indirectamente.
Ao conversar com o Sam, parecia que cada um estava a travar uma batalha interna. Este livro mostrou-nos essencialmente o lado daqueles que de alguma forma conviviam com o Hayden, de como sentiam pesar e culpa, e de como viverão após a tragédia.
Agradou-me a perspectiva de termos ficado a conhecer o Hayden através das outras personagens.
Eu não conhecia grande parte das músicas mas pessoalmente, achei que a playlist não ajudou o Sam em nada a não ser perceber que haviam mais pessoas na vida do amigo. Se ele não tivesse expandido o seu circulo de amizades, não iria a lado algum.
★★★

sexta-feira, 15 de julho de 2022

As coisas mais delicadas, de Matthew Quick - Opinião

Título original - Every exquisite thing
Editora: Editorial Presença
Sinopse: Aos 18 anos, Nanette O’Hare é a típica rapariga bem-comportada. Porém, ela nunca sentiu realmente fazer parte de um grupo, sufocando num permanente desconforto com diversas atitudes das amigas e com os padrões sociais estabelecidos. Mas tudo muda quando, no último ano do colégio, ela recebe um livro do seu professor preferido, o clássico o Ceifador da Pastilha Elástica.
Nesse momento, Nanette fica fascinada com a mensagem de que ela pode ser de facto quem é. Nanette torna-se amiga do recluso autor e apaixona-se por Alex, um jovem poeta que também é fã do livro. Encantada com este novo mundo que se abre, ela vai, pela primeira vez, tomar as suas próprias decisões.No entanto, aos poucos Nanette percebe que a liberdade pode ser um desejo arriscado e começa a questionar se a rebeldia não tem um preço demasiado elevado.

Opinião:
A Nanette era uma jovem a quem recomendaram um livro que alterou para sempre a sua vida. Às vezes existem livros grandiosos assim, às vezes são apenas livros com as palavras certas nos momentos certos, às vezes são revolucionários e nos fazem questionar. Para ela, talvez tenha sido um pouco de cada uma dessas coisas, porém o livro mudou a sua vida.
De inicio até estava a gostar do que lia, tinha até curiosidade em ler mais mas a partir de certa altura, foi complicado apreciar a leitura. 
Por vezes existe mesmo demasiado "peer pressure" e compreendo que para muitas pessoas, seja difícil não ceder. A Nanette parecia um robot, uma casca de si mesma, estava vivendo em piloto automático, vivendo e fazendo o que esperavam de si, o que todos estavam fazendo, abdicou da sua essência, do seu "eu". 
Acho que acima de tudo, este foi um livro sobre o poder que as palavras têm nos outros. Eu terminei o livro mas na verdade, tive que pousá-lo diversas vezes pois realmente não gostei de o ler.
★★