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domingo, 24 de novembro de 2024

Phantasma [Wicked games 1], de Kaylie Smith - Opinião

Título original -
Phantasma
Saga: Wicked games #1
Sinopse: When Ophelia and her sister discovers their mother brutally murdered, there is no time to grieve: Ophelia has inherited both her powerful death-driven magic and enormous debt on their home. Circumstances go from dire to deadly, however, when Ophelia’s sister decides to pay off the loan by entering Phantasma—a competition where most contestants don’t make it out alive and the winner is granted a single wish.The only way to save her sister is to compete. But Phantasma is a cursed manor, with twisting corridors and lavish ballrooms, and filled with enticing demons and fatal temptations. Ophelia will need to face nine floors of challenges to win... if her fears don’t overtake her first.
When a charming, arrogant stranger claims he can protect and guide Ophelia, she knows she shouldn’t trust him. While Blackwell may not seem dangerous, appearances can be deceptive. But with her sister’s life on the line, Ophelia can’t afford to turn him away. She just needs to ignore the overwhelming, dark attraction drawing them closer and closer together.
Because in Phantasma, the only thing deadlier than losing the game is losing your heart.

Opinião:
Uma sucessão de tragédias impulsiona Genevieve a entrar em Phantasma para competir pelo prémio final - pedir um desejo, qualquer que seja e será realizado. Ao tomar conhecimento desta informação, a sua irmã Ophelia entra na competição mortífera com o intuito de salva-la. Em Phantasma nada é o que parece e uma aliança com o phatom Blackwell é a aposta mais promissora para alcançar o seu objectivo.
A mansão Phantasma foi uma criação interessante no livro, com uma panóplia de jogos mentais e horror, e as provas foram muito bem exploradas.
Gostei que a autora tivesse explorado as habilidades da Ophelia e não somente enquanto necromancer. Foi bom acompanhar o florescimento da personagem, o ganho de auto-estima e auto-confiança, a capacidade de lutar contra os seus demónios interiores.
Houve imensa química entre os personagens, muitas cenas picantes também. Por outro lado, segredos e traições também não faltaram.
Absolutamente fabuloso, o livro que mais gostei de ler este ano até agora! Praticamente não conseguia pousá-lo, queria sempre saber o que se iria passar em seguida. Há imenso tempo não tinha entre mãos um livro que tivesse este impacto em mim, pelo que fiquei mesmo entusiasmada 😄
★★★★★

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Bloodchild, de Octavia E. Butler - Opinião

Título original - Bloodchild
Sinopse: Years ago, a group known as the Terrans left Earth in search of a life free of persecution. Now they live alongside the Tlic, an alien race who face extinction; their only chance of survival is to plant their larvae inside the bodies of the humans.
When Gan, a young boy, is chosen as a carrier of Tlic eggs, he faces an impossible dilemma: can he really help the species he has grown up with, even if it means sacrificing his own life?

Opinião:
Esta narrativa passa-se num planeta distante no qual há uma co-dependência entre terráqueos e os seres nativos, os Tlic. Eles vivem misturados na sociedade mas com muitas regras para manter a paz e a sobrevivência.
Os Tlic são uma raça em vias de extinção e apenas conseguem-se reproduzir através do depósito de ovos noutros seres. Desde que o Homem chegou ao planeta, esta tem sido a espécie que permitiu um melhor desenvolvimento das larvas, pelo que estabeleceram "protocolos" para que fosse possível normalizar e continuar com as implantações.
Esta história é muito bizarra! Super estranha e creepy. Em troca de os Tlic aceitarem e protegerem este grupo de terráqueos, os humanos - machos por norma - são hospedeiros para as larvas, que se não forem retiradas no tempo certo, comem o homem até virem para o exterior. Que coisa horrível.
Por outro lado, o tempo escasseia e é dada uma escolha ao Gan. A escolha é difícil mas acaba por se revelar um acto de amor.
★★★

sábado, 1 de junho de 2024

Possess [Mary Hades 2], de Sarah Dalton - Opinião

Título original -
Possess
Saga: Mary Hades #2
Sinopse: Mary Hades is drawn back into the world of the macabre as she moves with her family into the mysterious old house, Ravenswood. The mere mention of Ravenswood induces terror among the locals, and when strange things begin to occur, Mary and Lacey decide to get to the bottom of the secret hidden in the historic house once and for all.As a dark power gathers, Mary finds her life becomes interconnected with the disturbing events that transpired in 1847 to eleven year old Liza Blair. The more Mary is drawn into Liza’s story, the more she realises someone close to her is in grave danger from the sinister energy at Ravenswood.
Set in the backdrop of an unsettling forest, and with strange neighbour Emmaline Delacroix obsessed with death and séances, Possess will take you even deeper into the murky depths of Mary Hades’s unusual life.
Book two in the Mary Hades series.

Opinião:
Depois de imenso tempo fui ler o volume dois da saga Mary Hades, no qual a trama ocorre após os eventos que ocorreram no primeiro volume. Os pais acham que está na hora de uma mudança e decidem mudar de casa para outra cidade afastada. Acabam por trocar de casa com uma senhora conhecida, mas a casa para onde vão viver é uma mansão e eles mal querem acreditar na sua sorte.
O pai tem que partir em trabalho então cabe à Mary e a sua mãe lidar com a mudança e as arrumações. Neste processo, a Mary encontra um diário antigo e uma caixa de música e não tarda até coisas estranhas começarem a acontecer.
Foi uma leitura interessante, gostei de como a história do presente ia decorrendo intercalada com a leitura de passagens do diário revelando similaridades nos eventos.
Este volume foi imensamente mais obscuro do que os outros, tenebroso...algumas passagens causaram-me arrepios. Foi pior do que a história de "Sisters". Porém, uma nota positiva, tudo o que aconteceu aproximou-a da mãe que agora parou de fingir que não acreditava no sobrenatural e começou a apoiá-la.
Fiquei contente por notar que a dinâmica entre a Mary e a Lacey é a mesma, julguei que a partir de algum tempo íamos notar que as coisas pudessem esfriar um bocado entre elas e que eventualmente a Lacey ia começar a se "desprender" do que a fazia humana (apesar de agora ser fantasma). Isto não invalida de que mais para a frente poderá acontecer.
A vizinha deles é uma senhora peculiar (no mínimo), contudo está mais informada nos assuntos do sobrenatural e tenho esperanças que poderá ensinar mais coisas à Mary.
★★★★

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Doll bones, de Holly Black - Opinião

Título original - Doll bones
Sinopse: Zach, Poppy and Alice have been friends for ever. They love playing with their action figure toys, imagining a magical world of adventure and heroism. But disaster strikes when, without warning, Zach’s father throws out all his toys, declaring he’s too old for them. Zach is furious, confused and embarrassed, deciding that the only way to cope is to stop playing . . . and stop being friends with Poppy and Alice. But one night the girls pay Zach a visit, and tell him about a series of mysterious occurrences. Poppy swears that she is now being haunted by a china doll – who claims that it is made from the ground-up bones of a murdered girl. They must return the doll to where the girl lived, and bury it. Otherwise the three children will be cursed for eternity...

Opinião:
Quando o pai do Zach deitou fora os bonecos dele, ele afasta-se das amigas em vez de explicar o que aconteceu, o que as deixou muito magoadas. Eles voltam a se reunir para uma última aventura quando uma boneca assombra uma das amigas. Trata-se do fantasma de uma menina e só terá paz quando a boneca for enterrada no seu túmulo numa cidade longínqua.
Ler esta obra foi uma surpresa agradável, já que eu não tinha quaisquer expectativas. Bom na verdade, julgava que seria uma história muito juvenil com a sinopse referindo os brinquedos e o mundo do faz de conta das crianças mas enganei-me e acabei me envolvendo nesta trama repleta de aventura, mistério e um toque de terror. Aconselho.
★★★★

terça-feira, 21 de julho de 2020

Rebecca, de Daphne du Maurier - Opinião

Título original - Rebecca
Editora: Editorial Presença
Sinopse: Publicado em 1938, Rebecca é talvez o romance por que Daphne du Maurier é hoje mais lembrada. Ao lê-lo entramos numa atmosfera onírica, sombria, alimentada por segredos que os códigos sociais obrigam a permanecer ocultos e que se concentram na misteriosa mansão Manderley. É para esta mansão que a narradora, uma jovem humilde, vai viver com o viúvo Maxim de Winter, ao aceitar o seu pedido de casamento. Mas então descobre que a memória da falecida esposa, Rebecca, se encontra ainda viva e que esta era tudo o que ela nunca será. À medida que o enredo se desenvolve, ela terá de redefinir a sua identidade num cenário em que os sonhos ameaçam tornar-se pesadelos…

Opinião:

Outro mês, outro livro do bookclub. Agradam-me imenso estas leituras e a ideia de ir trocando ideias com os outros integrantes. Este é o meu primeiro contacto com o trabalho da autora e desde já vos digo que não li a sinopse.
A protagonista é uma jovem inexperiente e sem familiares, que de forma inesperada, se apaixonou e casou-se com Maxim de Winter, um homem rico, bastante mais velho, proprietário de Manderley. É evidente pelas atitudes, maneira de estar e vestimenta, a sua proveniência de origens modestas e a sua tenra idade, o que nunca foi visto como um entrave. Mas ao chegar a Manderley, tais características são-lhe apontadas, em segredo. 
Todos estão surpresos com a nova Mrs. de Winter, por ser tão diferente da primeira Mrs. de Winter, Rebecca. A Rebecca faleceu mas está muito presente na mente de todos e na própria casa, cujo quarto, decorações e tradições ainda se mantêm.
A protagonista logo se inteira disto e recusa-se a fazer mudanças, tímida e introvertida, ela tenta adaptar-se à sua nova vida e à situação em que se encontra, mas de facto, não consegue deixar de se comparar à falecida e julga que nunca estará à sua altura.
Acho curioso o facto de nunca se descobrir o nome próprio da personagem principal, pelo menos não me recordo de alguém mencionar. 
Basta passar os olhos no blogue para se perceber que não sou pessoa muito chegada a clássicos e sinceramente, achei tediosas várias passagens da obra devido a serem bastante descritivas. Entendo que possa ser característico da época, então aguentei e segui em frente pois o suspense manteve-me interessada e eu realmente queria saber o que tinha-se passado com a Rebecca e o motivo de ser uma pessoa muito estimada. Perguntei-me "como é que alguém consegue agradar a todos"?
A percepção veio e não foi nada de extraordinária mas surpreendeu-me bastante, confesso que estava à espera de algo de teor sobrenatural. E ainda o mistério envolvendo a morte da Rebecca, uma perita em velejar, foi uma surpresa, bem como quanto ao carácter e a verdadeira natureza da personagem, que não era o que seria de esperar de uma dama amada por todos.
É como se diz, uma história tem sempre dois lados.
★★★


O livro teve adaptação cinematográfica que adoptou o título da obra. Noticias recentes indicam que a Netflix irá também ter uma nova adaptação.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Sister [Mary Hades 1.5], de Sarah Dalton - Opinião

Titulo original - Sister
Sinopse: In 1997 Isabel Quirke sits down to write a letter to her sister. A letter she never intends to send. Within the pages of that letter she describes the frightening events that lead up to the disintegration of their relationship.
Susan Quirke, before she became Susan Hades--mother of Mary--goes through a transformation so extreme it changes her forever. Her younger sister Isabel can only watch.
This short story can be read as a companion to the Mary Hades series.

Opinião:

Terminada Mary Hades, lancei-me de imediato em Sister, que seria o volume 1.5 da saga da britânica Sarah Dalton. A obra inicia-se com a acção no tempo presente, com a Mary a ir visitar a tia Izzy para verem a passagem do mesmo cometa que passou, quando a sua prima, Lila nasceu. Tudo acerca da Lila sempre foi fascinante, mas apesar disso, foi Mary que nasceu com o dom. 
Ali, algo sucede e julgo que isso é que dá o mote à introdução da carta, uma memória distante. É então que a narração passa a ser relativa ao passado, uma carta da Izzy para a Susan, mãe da Mary, quando ainda eram jovens.
Achei que estava a ser uma história emocionante, sobre perda. Sobre feridas do passado que ficam abertas por muito tempo. Sobre seguir em frente. À medida que fui lendo, a missiva foi "se desenrolando", e a memória foi sendo revelada, o meu pensamento mudou, assim como a minha forma de estar. 
Não sei do que eu podia estar à espera, mas garanto que nunca imaginei aquilo. Fui tomada de surpresa e não conseguia parar de ler. Arrepios tomaram conta de mim. Até agora nem sei se entendi tudo bem.
Não vou tecer grandes comentários pois não quero estar aqui a fazer revelações, sobretudo sendo uma obra curta. Imagino que terá sido escrita para introduzir uma ideia para o livro seguinte, algum aspecto de relevo que será explorado, ou simplesmente para se conhecer parte da história familiar, e ficarmos a saber que a Mary não foi a única com o sobrenatural no seu histórico. É capaz de ter sido o volume com mais horror até agora.
Ficamos a saber sobre a família materna da Mary, nomeadamente sobre a sua mãe, o seu passado enquanto jovem e da sua relação com a Izzy, a sua irmã mais nova,
Aqui assistimos, sob diversas perspectivas (aconteceu com algumas personagens), que uma decisão estúpida e inconsequente, para nos fazer sentir mais vivos ou, reforço, apenas mesmo por estupidez, pode dar para o torto, de forma rápida e permanente. E os seus efeitos vão estar lá, esperando. Muitas vezes, não apenas para quem perpetua as acções, mas envolvendo também quem os rodeia, magoando quem os ama. 
★★★

sábado, 16 de maio de 2020

Mary Hades [Mary Hades 1], de Sarah Dalton - Opinião

Título original - Mary Hades
Saga: Mary Hades #1
Sinopse: Not many seventeen year old girls have a best friend who’s a ghost, but then Mary Hades isn’t your average teenager.
Scarred physically and mentally from a fire, her parents decide a holiday to an idyllic village in North Yorkshire will help her recover. Nestled in the middle of five moors, Mary expects to have a boring week stuck in a caravan with her parents. Little does she know, evil lurks in the campsite…
Seth Lockwood—a local fairground worker with a dark secret—might be the key to uncovering the murky history that has blighted Nettleby. But Mary is drawn to him in a way that has her questioning her judgement.
Helped by her dead best friend and a quirky gay Goth couple, Mary must stop the unusual deaths occurring in Nettleby. But can she prevent her heart from being broken?
The first in a series of dark YA novels, Mary Hades follows on from the bestselling Kindle Single 'My Daylight Monsters'. A spine-tingling tale with romance, readers will be shocked and entertained in equal measure.


Opinião:
Tencionava ler este volume logo após My daylight monsters, o que não se proporcionou, mas agora com imenso tempo livre entre mãos devido à quarentena imposta, peguei nele.
Como sabem, o volume anterior foi do meu agrado. Jamais tinha gostado tanto de um livro que não integra a numeração de livros originais pensados para uma saga, sendo o referido, o volume 0,5. Ou assim o julguei, depois vim a descobrir que afinal Mary Hades é que partiu da ideia iniciada em My daylight monsters.
A acção decorre alguns meses após os acontecimentos do hospital Magdelene, os pais da Mary tentam-lhe proporcionar algum sentido de normalidade e vão de férias para um parque de caravanas no norte da Inglaterra.
Com eles, vai também a melhor amiga, agora fantasma, Lacey, que morreu no final do volume precedente. Mary é a única que pode vê-la, apesar de apreciar a sua companhia, sente-se culpada pela sua morte.
O que ia ser uma semana de tranquilidade no campo, rapidamente se torna agitada com o aparecimento de uma das "coisas". Isso é um mau presságio, que logo vemos, precede uma morte. 
Quanto mais a Mary descobre sobre a localidade, mais nota que algo sinistro está no epicentro de mortes que têm vindo a ocorrer. É então que olha para a história da vila, e parece ter achado a origem macabra dos acidentes.
Achei curioso a Lacey falar das possibilidades pós-morte, especialmente, quando refere que com elevada concentração, podia revelar-se a humanos sem sensibilidade para o paranormal, e igualmente, com treino, consegue ter, própria e gradualmente, algum contacto com objectos.
Ao revelar-se ao Neil, a Lacey acaba por desabafar os seus medos e frustrações, algo que não tinha partilhado com a Mary antes. Isto mostra-nos uma realidade; por vezes somos tão próximos das pessoas, que não conseguimos nos abrir totalmente, podendo ser mais fácil se expressar com alguém que disponha de outra perspectiva, e que não temos receio que vá ficar facilmente magoado/preocupado.
Relativamente ao Seth, quanta consideração, e às vezes a roçar o cavalheirismo! Foi bom ele ter surgido, o que quer que fosse, sabíamos que iria ser por apenas uma semana, mas mesmo assim...Quantas vezes as pessoas falam sobre "não importa o tempo que dura, mas o que se vive com a pessoa"? (ou algo do género) Parece-me que esse foi outro aspecto que a autora quis transmitir. Por vezes as pessoas entram na nossa vida e têm tanto impacto, que alteram a nossa visão e percepção das coisas.
Fiquei bastante surpresa quando descobri o segredo obscuro que carregava. Foi um bocado chocante mas de facto era a chave para o que vinha acontecendo em Nettelby.
Pouco tempo se passou, porém os laços que os personagens criaram, aquilo que viveram e o que viram, foi bem impactante nas suas vidas, cada um à sua maneira. Com isso, surgiram decisões e consequências, todavia houve também descoberta. A Mary encontrou um propósito para utilizar o seu dom e decide persegui-lo, com a Lacey.
Numa nota final, o conceito do Athame, o que permite e como funciona, está muito interessante, com certeza voltaremos a vê-lo em acção brevemente.
★★★★

Book trailer 

sábado, 2 de maio de 2020

Levaram Annie Thorne, de C.J. Tudor - Opinião

Título original - The taking of annie Thorne
Editora: Editorial Planeta
Sinopse: Uma noite, Annie desapareceu. Sumiu da sua cama. Houve buscas, apelos. Todos pensaram o pior. E depois, miraculosamente, após quarenta e oito horas, ela voltou. Pensou-se que não queria ou não conseguia dizer o que lhe acontecera.
Mas alguma coisa aconteceu à minha irmã. Não sei explicar o quê. Só sei que quando voltou, já não era a mesma. Não era a minha Annie. Não queria admitir de forma alguma que às vezes tinha um medo de morte da minha irmãzinha…
Agora…
O e-mail chegou à minha caixa de correio há dois meses.
Quase o apaguei de imediato, mas fiz clique para abrir:
SEI O QUE ACONTECEU À SUA IRMÃ. ESTÁ A ACONTECER DE NOVO.
Quando a minha irmã tinha oito anos, desapareceu… mas depois voltou. O pior dia da sua vida não foi quando a irmã foi levada… foi o dia em que ela voltou.

Opinião:
Descobri este livro devido a uma leitura conjunta de um grupo no Goodreads do qual sou integrante há alguns anos, o Read-along, que apesar da denominação inglesa, é inteiramente português, caso queiram se juntar. 

Apesar de não ter estado muito activa nos últimos meses, voltei a prestar mais atenção ao grupo, e confesso que muito se deve à nossa situação actual de quarentena devido ao coronavirus. É muito alarmante e verdadeiramente lamentável o número de vítimas, que até agora têm tendencialmente vindo a aumentar :'-( por isso vamos todos fazer a nossa parte e ficarmos em casa. Se por aí andam muito aborrecidos, sempre podem aderir a um dos desafios literários propostos.
O Joe foi atraído de volta a Arnhill por um email anónimo cujo autor afirma saber o que aconteceu com a irmã dele e disse que se está a repetir. Ele começa a dar aulas na escola local e vai morar no chalé onde foi perpetuado um crime brutal.
Após alguma investigação descobre que a criança que residia lá, teve igualmente desaparecida 48 horas, tal como a sua irmã Annie. Quando ela foi encontrada, não era mais a mesma.
A narrativa decorre no presente mas foca-se sobre o que aconteceu com a Annie, contado pelo Joe, então seguimos também os acontecimentos da sua juventude quando tudo se passou. São essas passagens que vão-nos elucidando acerca das relações interpessoais, os rancores, os medos, a bagagem dos personagens, o que realmente se passou há 25 anos e, mostraram que o passado jamais pode ser verdadeiramente enterrado.
A trama aborda temas variados como o desejo de aceitação social, o bullying, o alcoolismo, o vicio do jogo, e a impressão que cada um deixa na vida dos envolvidos. Contrariamente a outras obras, um aspecto que não esteve presente aqui foi o romantismo e a formação de casal, ficando no ar apenas uma nuance. Isto não é de todo uma crítica, julgo que as interacções foram satisfatórias, dando leveza à trama e sem desviar a atenção do leitor.
Apesar dos vícios, o Joe é uma personagem muito astuta, realmente fez toda a diferença, eu não teria imaginado aquelas descobertas no desfecho! Não achei que me fosse surpreender tanto com este livro mas foi o que aconteceu. A trama tomou outros contornos e ficou bem mais densa, não estava à espera que tivesse teor de horror. 
Gostei de ler este livro e das reviravoltas que tomou, fazemos juízos de valor e afinal nem tudo é o que parece. Recomendo.
★★★★

Book trailer

quinta-feira, 2 de maio de 2019

2 Die 4, de Nigel Hinton - Opinião

Título original - 2 Die 4
Sinopse: Ryan's new phone has everything - satellite tracking, movies, broadband. It's a dream phone. And then the messages start, and the visions...and soon the dream becomes a nightmare.

Opinião:
Uma outra obra descoberta à toa, uma história de horror acerca de um rapaz que comprou um fantástico telemóvel por uma pechincha. O dispositivo tinha tudo, carregava-se através de energia solar, não era preciso pagar mensalidade, nem estava limitado a redes móveis. 
Além de ser activado por voz, o telemóvel por vezes, parecia saber o que o Ryan queria e mostrava-lhe conteúdos sem que fizesse uma busca. Era um verdadeiro sonho, até a realidade decidir alcançá-lo e o encanto quebrar-se.
Logo, ele começa a receber mensagens de conteúdo enigmático e nota uma presença na sua casa, está tudo conectado com o dispositivo mas já é tarde quando se apercebe do que está por vir...
Outra história curta, de fácil leitura que me manteve entretida por algum tempo, por outro lado é um bocado macabra, e que mostrou que nada é verdadeiramente livre de custos. 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

My daylight monsters [Mary Hades 0.5], de Sarah Dalton - Opinião

Titulo original - My daylight monsters
Saga: Mary Hades #0.5
Sinopse: I always thought my demons came out in the day, rather than at night. I’ve never been scared of the dark. I’ve only ever been scared of real things: getting ill, having injections, physical pain… death. Those are my monsters, not ghosts or vampires or whatever else can hide under your bed at night.
I was wrong.
The dark makes everything worse.
When Mary’s psychiatrist advises a short stay at a psychiatric unit, her worst nightmares are confirmed. How can she get better in a place that fills her with dread? When she meets the other patients, she begins to gather some hope, until she realises that the death toll in the hospital is rising without explanation. Something sinister stalks the corridors and maybe she is the only one who can stop it…
Mary has to confront the Things that she sees if they are to stand a chance. But will she survive a confrontation with death itself?


Opinião:
Já andava para ler Mary Hades há algum tempo, mas optei mesmo por começar pelo "volume 0.5" para ter uma introdução à história.
Após um evento traumático, a Mary partilha com algumas pessoas que tem visões com umas criaturas horrendas, é então que dá entrada num hospital psiquiátrico. Porém ela não tem nenhum desequilíbrio mental e é neste edifício que acaba por ter um melhor entendimento do seu dom, bem como descobre outras capacidades.
Na verdade as criaturas são projecções do cérebro da Mary, como forma de avisá-la que algo de grave vai acontecer. Ela tem vindo a ver algo ocasionalmente pelo hospital, pelo que pressente que algo de errado se está a passar por lá. 
Ela decide então investigar e descobre que muitos pacientes estão a morrer de modo inesperado, ultimamente. Cabe-lhe a ela resolver este mistério.
Esta é uma breve história que ficou muito interessante. Na minha opinião, ficou uma boa introdução, deu-me mais contexto e deixa antever alguns aspectos que me parecem essenciais para a história principal.
Ficou bastante original o modo que o organismo da Mary arranjou para que ela fique consciente da iminência de perigode como ela tem as visões, e que realmente ao aparecerem, aquelas coisas tragam algum tipo de aviso consigo. Se são aterrorizantes? Imenso, mas é diferente do que "já vi" antes. 
Sinceramente agradou-me imenso, pelo que saio desta leitura com vontade de prosseguir imediatamente para o volume 1. Quantos de vocês optaram por começar alguma saga pelos volumes introdutórios, em vez de iniciar logo no volume principal?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

The Cavendish Home for Boys and Girls, de Claire Legrand - Opinião

Título original - The Cavendish Home for Boys and Girls
Sinopse: At the Cavendish Home for Boys and Girls, you will definitely learn your lesson. An atmospheric, heartfelt, and delightfully spooky novel for fans of Coraline, Splendors and Glooms, and The Mysterious Benedict Society.
Victoria hates nonsense. There is no need for it when your life is perfect. The only smudge on her pristine life is her best friend Lawrence. He is a disaster, lazy and dreamy, shirt always untucked, obsessed with his silly piano. Victoria often wonders why she ever bothered being his friend. (Lawrence does, too.)
But then Lawrence goes missing. And he is not the only one. Victoria soon discovers that The Cavendish Home for Boys and Girls is not what it appears to be. Kids go in but come out different. Or they don't come out at all.
If anyone can sort this out, it's Victoria, even if it means getting a little messy.


Opinião:
Esta obra apareceu como sugestão no Goodreads, achei a sinopse apelativa pelo que decidi lê-la.
Numa cidade onde tudo é delicado e aspira-se à perfeição, quem se afasta do padrão é um potencial alvo. Pessoas têm vindo a desaparecer ao longo dos anos, mas apenas poucos parecem notar. O que se passa realmente na cidade de Belleville?
Quando o Lawrence deixa de aparecer na escola, a Victoria estranha e tenta averiguar o que se passa. Todas as pistas que vai seguindo, apontam para o lar Cavendish, no final da rua. 
Com a curiosidade aguçada, começa a sua própria investigação, vindo a descobrir que tem mais alguém que se recorda dos desaparecimentos. Mas as coisas subitamente tornam-se reais, quando o seu único aliado é levado e ela tem que tomar alguma atitude antes que seja tarde demais.
Não esperava que as coisas se revelassem do jeito que aconteceu neste livro, foi inesperado! E o lar em si, a sua descrição e as mudanças que ocorrem nele, o que está contido no edifício é surreal. Muito engenhoso e divertido de se ler.
Contudo, contrastante com o paragrafo anterior, achei chocante as lições que a senhora Cavendish ensinava aos jovens, ultrapassando em muito o bom senso, o respeito e até alguns direitos Humanos.
Esta obra providencia uma boa pitada de mistério e terror, para uma leitura diferente.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O caso de Charles Dexter Ward, de H.P. Lovecraft - Opinião

Título original - The case of Charles Dexter Ward
Editora: Ad infinitum
Sinopse: Suspenda a descrença e aventure-se na mais assombrosa das viagens que o horror lhe pode proporcionar. H. P. Lovecraft convida-o a entrar no estranho mundo de Charles Dexter Ward, jovem apreciador de antiguidades que acaba de fugir de um hospital privado para doentes mentais, depois de desenvolver uma perturbante e perigosa demência, nunca vista na história da medicina.
Perceber as razões da sua fuga é imergir numa epopeia que ganha uma densidade tremenda, à medida que reconstruímos a personagem e mergulhamos num passado proibido, cheio de lendas inquietantes e horrores inomináveis.
Que segredos se escondem atrás de tão sombria e desconcertante loucura?
Uma obra obrigatória para quem gosta de suspense. Um acervo de arrepios pronto a tirar o sono daquele que se atrever a abrir esta obra.


Opinião:
Esta foi uma das minhas leituras de Halloween deste ano e na verdade a única que estava verdadeiramente ligada ao "horror".
Logo no início da obra, um homem foge de uma casa de saúde mental, o que é especialmente perturbante, uma vez que ele desenvolveu uma demência perigosa.

O livro conta-nos a história acerca de um antepassado de Charles, e do que levou este último às atitudes que tomou, e ao que posteriormente se sucedeu, ao se deparar com descobertas há muito esquecidas. O que se iniciou como um interesse por antiguidade, mudou para ocultismo e efectivamente, deu origem a uma obsessão por algo negro.
Achei o livro muito descritivo, se bem que tanto detalhe deu mais interesse à obra nalgumas passagens. Por outro lado, parecia tratar-se de um relato de acontecimentos, em determinadas situações, então até é compreensível.
Toda a parte que remete ao antepassado, serve para nos situar nalguns rituais e nos dar perspectiva, mostrando-nos a origem do interesse/obsessão do Charles, o que achei macabro.
Andei meia perdida por algum tempo, até agora, terminada a leitura, não compreendi certas coisas, contudo não creio que fossem elementos chave (poderá ter sido porque não li em português).
Achei engraçado o facto de Charles ser sósia do seu antepassado (doppelganger como no The vampire diaries) e gostei bastante da perspicácia do Dr. Willett, que conseguiu resolver o enigma relacionado ao protagonista e aniquilar a força do mal que pairava em Providence.