Editora: Arte de autor
Sinopse: Este livro conta-nos a história de Clementine, uma adolescente de 15 anos, que um dia se cruza na rua com um par de raparigas. Uma delas tem o cabelo pintado de azul e sorri-lhe. A partir desse preciso momento, tudo muda na vida de Clementine: a sua relação com os amigos na escola, a sua relação com a família, as suas prioridades... e sobretudo a sua sexualidade. Através de textos do diário da protagonista, o leitor acompanha o primeiro encontro de Emma e Clementine que tentam amar-se apesar das dificuldades implícitas na visão da homossexualidade por parte da sociedade e dos próprios preconceitos de Clementine.
É difícil saber o que é o amor e que aspecto assume, mas o amor entre as duas caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas dessa mesma relação.
Para além de ser uma obra premiada (teve, entre outros o Prémio do Público do Festival Internacional de Angoulême), O Azul é uma cor Quente é a BD que inspirou o filme A Vida de Adéle, de Abdellatif Kechiche, o qual ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, em 2013.
Opinião:
Quando a Clementine se cruza com uma estranha de cabelo azul, a sua vida muda. Tudo o que acreditava, tudo o que achava saber deixou de estar claro, levantam-se imensas dúvidas e crescem os sentimentos de confusão. Atravessar a adolescência é complicado, mais ainda se houver incertezas quanto à preferência sexual.
Tomei conhecimento deste título através de uma votação num grupo do GR cuja temática recaiu sobre LGBT e ao ler a sinopse, soube que o ia ler mesmo que não fosse seleccionado. Foi assim que fiquei sabendo que foi adaptado cinematograficamente e inclusive foi galardoado em Cannes, então ver o filme é o próximo passo.
Esta foi a segunda graphic novel que li, se não estiver a contar com as leituras de manga. Toda a arte é composta em preto e branco, à excepção do azul que dá nome à obra. Talvez para ilustrar que a vida da protagonista era sem tonalidade, sem graça até se apaixonar, e depois a Emma tornou-se a cor que veio dar sentido aos dias da Clementine.
A trama ocorre durante vários anos permitindo-nos assistir ao desenvolvimento da personagem central, o que é interessante de se acompanhar, uma vez que ela passa pela adolescência até se tornar adulta. Somos por isso testemunhas de todo um processo de auto-conhecimento, amadurecimento e a descoberta do amor. Por falar em amor, eu achei que a autora explorou-o de uma forma tão bonita, emotiva e real, mostrando verdadeiramente que o amor é para todos (obviamente).
A família da Clementine, visivelmente incomodada, teve uma reacção abrupta e isso impactou grandemente a sua felicidade, que acabou por nunca se sentir realizada. Eu confesso, que me impressionou um pouco.
Esse relato traduz a não aceitação que muitas pessoas estão sujeitas mas não é motivo para não perseguir a felicidade, e acho que essa é outra mensagem que a autora procurou transmitir.
Esta foi uma leitura rápida e envolvente, na verdade li-o todo de uma assentada, incapaz de o "largar".
★★★★
Tomei conhecimento deste título através de uma votação num grupo do GR cuja temática recaiu sobre LGBT e ao ler a sinopse, soube que o ia ler mesmo que não fosse seleccionado. Foi assim que fiquei sabendo que foi adaptado cinematograficamente e inclusive foi galardoado em Cannes, então ver o filme é o próximo passo.
Esta foi a segunda graphic novel que li, se não estiver a contar com as leituras de manga. Toda a arte é composta em preto e branco, à excepção do azul que dá nome à obra. Talvez para ilustrar que a vida da protagonista era sem tonalidade, sem graça até se apaixonar, e depois a Emma tornou-se a cor que veio dar sentido aos dias da Clementine.
A trama ocorre durante vários anos permitindo-nos assistir ao desenvolvimento da personagem central, o que é interessante de se acompanhar, uma vez que ela passa pela adolescência até se tornar adulta. Somos por isso testemunhas de todo um processo de auto-conhecimento, amadurecimento e a descoberta do amor. Por falar em amor, eu achei que a autora explorou-o de uma forma tão bonita, emotiva e real, mostrando verdadeiramente que o amor é para todos (obviamente).
A família da Clementine, visivelmente incomodada, teve uma reacção abrupta e isso impactou grandemente a sua felicidade, que acabou por nunca se sentir realizada. Eu confesso, que me impressionou um pouco.
Esse relato traduz a não aceitação que muitas pessoas estão sujeitas mas não é motivo para não perseguir a felicidade, e acho que essa é outra mensagem que a autora procurou transmitir.
Esta foi uma leitura rápida e envolvente, na verdade li-o todo de uma assentada, incapaz de o "largar".
★★★★
O filme adquiriu o título "La vie d'Adèle".
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