segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Every anxious wave, de Mo Daviau - Opinião

Título original -
Every anxious wave
Sinopse: Good guy Karl Bender is a thirty-something bar owner whose life lacks love and meaning. When he stumbles upon a time-travelling worm hole in his closet, Karl and his best friend Wayne develop a side business selling access to people who want to travel back in time to listen to their favorite bands. It's a pretty ingenious plan, until Karl, intending to send Wayne to 1980, transports him back to 980 instead. Though Wayne sends texts extolling the quality of life in tenth century "Mannahatta," Karl is distraught that he can't bring his friend back.
Enter brilliant, prickly, overweight astrophysicist, Lena Geduldig. Karl and Lena's connection is immediate. While they work on getting Wayne back, Karl and Lena fall in love -- with time travel, and each other. Unable to resist meddling with the past, Karl and Lena bounce around time. When Lena ultimately prevents her own long-ago rape, she alters the course of her life and threatens her future with Karl.
A high-spirited and engaging novel, Mo Daviau's EVERY ANXIOUS WAVE plays ball with the big questions of where we would go and who we would become if we could rewrite our pasts, as well as how to hold on to love across time.

Opinião:
Este título é-nos trazido pelas mãos de Mo Daviau, no género de ficção científica, e demarcou a minha estreia com a autora. 
Acompanhamos Karl, ex-membro de uma banda, que juntamente com o seu amigo Wayne, descobrem um "wormhole" e usam-no para ir ao passado e assistir a concertos. Contudo, um engano leva a que um dos amigos fique preso no passado e é aí que entra em cena a Lena, uma astrofisica com potencial para descobrir os elementos em falta, possibilitando o retorno do moço.
Quanto mais tempo passam juntos, mais fica evidente a química entre eles e acabam por se apaixonar. Porém, quando há acesso a um túnel que permite viagens ao passado, torna-se difícil resistir à tentação de alterá-lo e evitar a ocorrência de determinados acontecimentos traumáticos.
Parece boa e igualmente assustadora, a possibilidade de viajar no tempo. Apesar dos amigos terem conseguido lucrar com a descoberta, achei fenomenal que tivessem conseguido mantê-la fora do alcance das grandes corporações. 
Todos somos o resultado das nossas experiências, educação e vivências. Mudar alguma situação nalgum desses componentes, com certeza produziria algumas alterações. Obviamente é isso que acontece na história, e a própria sinopse o sugere. Ao mesmo tempo, isso sugere que a pessoa que antes ali estava não irá ser a "mesma pessoa" da nova realidade. Achei engraçado o facto de que há coisas que simplesmente não mudam.
A história manteve-me interessada, referia música e um pouco de ciência, e estava a fluir bem, até fiquei curiosa com a possibilidade do wormhole permitir viajar para o futuro. Confesso que não gostei do que descobrimos, a ideia de uma coisa dessas acontecer é apavorante. Pior ainda, foi o facto de realmente não haver nada que possa ser feito para evitar. Também não fiquei fã do final da obra, achei um pouco bizarro na verdade.
Tendo lido este livro, julgo que as principais mensagens que a autora quis transmitir são que o significado de felicidade varia imenso de pessoa para pessoa, e que ela deve ser livre para segui-la, deve haver sempre respeito pelo próximo e que há coisas que simplesmente estão destinadas a acontecer.
★★★★

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