sexta-feira, 14 de novembro de 2014

À procura de Alaska, de John Green - Opinião


Título original - Looking for Alaska
Editora: Edições Asa
Sinopse: Na escuridão atrás de mim, ela cheirava a suor, luz do sol e baunilha, e, nessa noite de pouco luar, eu pouco mais podia ver além da sua silhueta, mas, mesmo no escuro, consegui ver-lhe os olhos - esmeraldas intensas. E não era só linda, era também uma brasa."
Alaska Young. Lindíssima, esperta, divertida, sensual, transtornada… e completamente fascinante. Miles Halter não podia estar mais apaixonado por ela. Mas, quando a tragédia lhe bate à porta, Miles descobre o valor e a dor de viver e amar de modo incondicional.Nunca mais nada será o mesmo 

Opinião:
Após ver A culpa é das estrelas, fiquei com curiosidade mas minha estreia com o John Green, foi de facto com este livro.
Miles é um rapaz anti-social de 16 anos que quer ir para um colégio interno noutro estado "em busca de uma grande incógnita", e assim o faz. Quando lá chega conhece o seu colega de quarto, o Coronel, que o apelida de Badocha por ser exactamente o oposto do que ele é. Nessa escola conhece os outros amigos do Coronel, Takumi e Alaska, por quem se enamora mas logo se desilude pois toma conhecimento que ela tem namorado. Alaska e o Coronel são famosos por pregarem valentes partidas.
A informação-chave que o Coronel considera pertinente lhe transmitir é que a escola divide-se em 2 grupos: os internos normais e os guerreiros de fim de semana (ricaços que vão às suas mansões passar o fim de semana). 
Na primeira noite, uns colegas levam Miles para a habitual praxe do caloiro, jogá-lo ao lago, mas antes enrolam-no com fita adesiva nos pés e no torso, com os braços presos a ladear o corpo. Quando ele regressa ao quarto e relata ao colega, depressa entendem que se tratava de uma vingança por pensarem que o Coronel era "chibo" (a única coisa a não fazer no colégio), e este promete-lhe que vão ripostar.
Há medida que o tempo vai passando e que vão-se conhecendo, o Miles vai ficando cada vez mais apaixonado pela Alaska que claramente se sente atraída por ele mas não pretende ser infiel.
O livro acaba por ser um relato em contagem decrescente até ao dia em que se dá a tragédia e Alaska vai-se, sendo seguido pela descrição de emoções e eventos ordenados por contagem crescente de dias após o acontecimento. Nesta fase, o Coronel e Miles querem saber o que verdadeiramente aconteceu e iniciam a sua própria investigação secreta paralelamente ao decorrer das aulas.
Este é um livro que ronda muito a questão "e se...?", abordando também alguns aspectos acerca de religiões, que ajuda um pouco a compreender o desfecho. Fala sobre a perda e é contado de maneira tão terra a terra, simples, que em determinadas ocasiões o leitor relaciona-se e vivência a experiência como que se tivesse perdido alguém. Em suma, é uma história triste mas interessante que permite uma reflexão.
Este foi o primeiro livro publicado pelo autor e encantou-nos através da personalidade dos intervenientes da história, com uma escrita fluída e de fácil compreensão, é adequado para diversas faixas etárias.

Outra capa:

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