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domingo, 16 de janeiro de 2022

Te encontro às onze, de Victor Lopes - Opinião

Título original -
Te encontro às onze
Sinopse: Esta é a história do Manuel e do Arthur. Eles se conhecem há dois anos e, durante esse período, viram a amizade que surgiu graças a uma série de livros famosa se transformar em um sentimento muito maior e mais profundo. Mas os medos de Manuel parecem tão grandes que talvez o tempo se torne um de seus maiores inimigos e o grande vilão nessa possível história de amor.
Quanto tempo você aguentaria esperar para ter um encontro com a pessoa que ama?

Opinião:
Te encontro às onze traz-nos a história de dois jovens rapazes, Manuel e Arthur, que se conheceram online devido a um gosto em comum, por ambos serem fãs de uma saga de livros. Conversa puxa conversa, logo descobriram que o que tinham em comum era muito mais do que gosto literário, e sentimentos floresceram.
Assim que o Manuel viu o aspecto do Arthur, ficou inseguro e com medo de ser rejeitado pela sua própria aparência. É um bocado cruel, o mundo que nos rodeia impor tantos padrões, muitas vezes irrealistas, do que é considerado belo actualmente. E pior do que isso, é a maneira como afecta as pessoas ou antes devo talvez dizer, a maneira como algumas pessoas deixam-se afectar e o peso que dão à opinião que os outros vão ter de si.
Esta obra é curta e amorosa porém deixa-nos com um convite à reflexão.
★★★

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

[2021] Desafio literário - Desafio das cores

 

Prezados leitores,

O desafio das cores é um dos desafios que me dá mais gosto de fazer e é bem divertido pois relaciona livros com cores.
Este desafio consiste em ler nove livros, estando cada um relacionado com uma cor, quer seja integrante do título do livro ou sendo a cor dominante na capa.
O desafio foi proposto por um blogue estrangeiro e assim que o vi, soube que tinha que realizá-lo! Porém modifiquei alguns exemplos sugeridos e fiz uma alteração na alínea 9, dizia apenas um livro com palavra que implica cor, adicionei a opção uma capa que implica cor.

Sendo que a cor terá que ser uma palavra integrante do título do livro ou uma cor dominante na capa, as categorias são:


1 - um livro com azul ou tons relacionados (ciano, azul marinho, turquesa...)
The midnight library

2 - um livro com vermelho ou tons relacionados (cor de vinho, carmesim, borgonha...)

The invisible lesbian

3 - um livro com amarelo ou tons relacionados (limão, dourado...)
Happenstance 3


4 - um livro com verde ou tons relacionados (lima, esmeralda...)
Mistress of all evil

5 - um livro com castanho ou tons relacionados (avelã, chocolate,
 terra...)
Três Coisas incríveis sobre ti

6 - um livro com preto ou tons relacionados (carvão, ébano...)
Fairest of all

7 - um livro com branco ou tons relacionados (pérola, marfim...)


Every anxious wave

8 - um livro co
m outra cor qualquer ainda não mencionada (rosas, arroxeados, laranjas, prateados, cinzas...)

Happenstance 2

9 - um livro com uma capa ou palav
ra que implica cor (arco-íris, riscas, xadrez, às bolinhas, estampado, pálido, sombreado, brilhante...)
Apartamento partilha-se


Notas
:

Qualquer livro é válido de Janeiro a 31 Dezembro.
É possível que livros deste desafio constem de outros.
À medida que vou lendo venho actualizar com a hiperligação para os títulos, para que possam aceder à opinião.
Para consultar os desafios e o seu progresso, basta ir ao separador Desafios literários, logo abaixo do nome do blogue, e serão remetidos para o seu respectivo link.

sábado, 11 de abril de 2020

A receita de Mandrágora, de Fernanda Nieto - Opinião

Título original - A receita de Mandrágora
Sinopse: Mandrágora é uma dessas bruxinhas de varanda que certo dia espera uma visita muito especial e, por isso, resolve preparar para ela uma sobremesa igualmente especial. Sai, então, em busca da receita da felicidade e em seu trajeto se depara com muitos mestres que, por meio de provérbios e linguagem figurada, transbordam de encantamento o seu caminho!


Opinião:
O livro conta-nos acerca de uma bruxa chamada Mandrágora que vive num vaso de plantas. Ao saber que a sua amiga Circe a vai visitar, decide preparar uma receita especial: a receita da felicidade. 
Aqui temos uma breve história, ideal para partilhar com os mais pequenitos. Com ilustrações ricas em cores vibrantes, o conto vai mantê-los ainda mais interessados na jornada da Mandrágora. 
Afinal qual é a receita da felicidade? Não se sabe, o conceito da felicidade para ti é uma coisa, para mim já poderá ser outra. Há quem diga que já conhece e há quem passe uma vida inteira procurando. 
Eu gosto de pensar que a felicidade está nas pessoas que nós amamos, na comida favorita, naquela música bem-disposta, no livro que te tocou, na conversa com as amigas, na varanda onde apanhas Sol, no cacau que tomas num dia frio de chuva...enfim está nas pequenas coisas da vida!
O que é para ti a receita da felicidade?

quarta-feira, 4 de março de 2020

De todos os motivos, de Vitor Castrillo - Opinião

Título original - De todos os motivos
Sinopse: "Essa vai ser um pouco estranha.Eu chego a sentir vergonha de mim mesmo as vezes pelo tanto que eu gosto dele. Ele faz o meu dia com uma mensagenzinha de nada, ou um meme idiota. [...]"
Confuso com seus sentimentos, Pedro recorre à internet e escreve em um fórum sobre a amizade e seus sentimentos por Henrique, seu melhor amigo. Em busca de ajuda e palavras de incentivo que o façam tomar a iniciativa que precisa para descobrir o que realmente existe entre os dois além da forte amizade.

Opinião:

O conto inicia-se com a introdução de como os protagonistas Pedro e Henrique se tornaram amigos quando andavam na escola. Está claro que o Pedro é apaixonado pelo amigo desde que tinham aulas juntos e com o passar do tempo, os seus sentimentos apenas se tornaram mais intensos.
O Pedro é abertamente bissexual porém o Henrique sempre foi vago quanto à sua orientação sexual, então apesar de serem bastante íntimos, ficou a dúvida. 
Aqui acompanhamos situações que ocorreram seguindo duas escalas temporais, alternando entre passado e presente, e nos dão contexto para a publicação que o Pedro coloca no fórum da internet. Isto é um exemplo que muitas vezes relata a realidade. Quantos de nós já optamos por desabafar ou se aconselhar com alguém que está do outro lado do ecrã? 
A Internet permite até certo ponto manter o anonimato e creio que isso é que faz as pessoas se abrirem mais do que com pessoas do quotidiano, pois sentem que não serão julgadas.
Achei muito interessante um aspecto que foi abordado pelo autor, a temática das cores e seus efeitos psicológicos nos indivíduos. Mais tarde o Pedro associou o Henrique às cores, como forma de descrevê-lo e acabou por assumir que ele tinha um pouco de tudo. Já o próprio, admitiu ser cor cinza mas ao estar com o Henrique, ganhava outras cores. Que maneira gira de expressar sentimentos. 
Algumas atitudes entre ambos são muito românticas, ver as estrelas, colocar a cabeça no ombro, estar deitado "fazendo vários nadas", só conversando, ocasionalmente trocar prendas. Atenção que não estou apelando ao consumismo nem à futilidade, pois prendas simbólicas têm muito significado e o autor soube explorar isso. O facto de nomear uma descoberta com o nome de outro é o auge! 

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Onde encontrei meu lar, de Gleice Couto e Victor Almeida - Opinião

Título original - Onde encontrei meu lar
Sinopse: Ela não queria suas memórias.

Ele queria reconstruí-las.
Mas, juntos, poderiam criar uma nova.

Opinião:
Li esta obra para o TBR jar challenge, sob o tópico ler um livro de autor que não seja nem europeu nem norte-americano. Ora estive a ler um trabalho de sul americanos, mais propriamente do Brasil.
Esta é uma curta história que se passa na época natalícia. Com a morte do seu irmão Alan ainda a pesar bastante sobre a Manuela, ela decide fugir da cidade, afastar-se de tudo. 
Tal noticia é chocante para Nathan, o melhor amigo que então decide tentar fazê-la mudar de ideias. Ele põe em prática um plano de criar novas memórias em locais onde sobressaiem memórias dolorosas com o irmão.
Às vezes temos as coisas e as pessoas por garantidas, por vezes não enxergamos o que está mesmo à nossa frente. As coisas podem mudar num breve momento, nunca sabemos o dia de amanhã.
Gostei da ideia do Nathan de criar as novas memórias para atenuar a dor da amiga, para que um local não fosse um lembrete de quem ela perdeu, mas uma oportunidade para novos começos.
Agradou que o último sitio que visitaram não foi "um desafio" para ela mas sim uma prova para ele. Tal como ele fez com ela anteriormente, o Nathan deixou que ela o guiasse e enfrentasse o seu medo.
Achei este conto muito fofo, aconselho. 

quarta-feira, 8 de março de 2017

The egg [Conto], de Andy Weir - Opinião

Título original - The egg
Sinopse: A short story about the universe.

Opinião:

Esta é uma curta história que dá que pensar, pelo menos na minha opinião. É daquelas coisas que nos deparamos, que é breve mas suscita pensamentos acerca daquilo que nos rodeia, sabem o que quero dizer?
Então lá estava eu a "passear" pelo Goodreads quando alguém tinha acabado de ler isto. Chamou-me a atenção e fiquei curiosa. Um dos comentários referia que era possível ler gratuitamente e segui a hiperligação fornecida.
Ora dou de caras com uma pequena história do pós morte de um homem que acabou de deixar o plano mortal. Para sua surpresa, descobre que o ser humano é reencarnado e terá que voltar à Terra em breve. Mas essa nem é a maior revelação de todas.
Um conto surpreendente que vale a pena descobrir.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O nascimento de Cristo, de Manuel Maria Barbosa du Bocage - Opinião

Opinião:
Para finalizar o ano, tinha em mente fazer uma leitura relacionada de alguma forma com a época natalícia. Então lancei-me numa pesquisa temática. 
Foi com algum espanto que deparei-me com um texto de Manuel Maria Barbosa du Bocage, ou como é mais conhecido, apenas por Bocage, famoso poeta português (controverso por vezes) que viveu no século XVIII.
Não é do meu hábito ler poesia, porém este curto texto, um soneto, refere-se ao Natal e a Cristo, pelo que optei por ler. Aproveitei que era de um autor português e conclui assim o desafio 12 meses, 12 contos portugueses
Pelo que entendi, numa fase inicial o autor está em sofrimento então em seguida pensa na vida de Cristo e pelo que passou, referindo o nascimento e a morte, o que faz atenuar a sua própria dor, em comparação. 
In: Contos de Natal Portugueses, disponível online aqui (pdf).

domingo, 27 de novembro de 2016

O pinheiro de Natal [Conto], de Pedro Cipriano - Opinião

Titulo original - O pinheiro de Natal
Sinopse: "É véspera de Natal. Ao juntar as bicas dum pinheiro manso para acender a lareira, Raul começa a ouvir a voz do seu avô que falecera há vários anos."

Opinião: 
Escolhi este conto devido à proximidade da época festiva que se acerca, o Natal, mas à medida que o ia lendo, ia ficando gradualmente deprimida. Foi por esse motivo que não quis publicar esta opinião em Dezembro. 
O conto fala-nos de perda, de família, de espírito natalício que já teve melhores dias com a morte do avô há alguns anos e agora com a súbita doença da avó, levando-a a passar a Consoada no hospital longe dos parentes. 
O conto é curto mas bastante triste e sinceramente confesso que me comoveu, trazendo-me à memória a perda de uma avó e de um avô o ano passado. :'((((
O conto encontra-se disponível gratuitamente online aqui

terça-feira, 11 de outubro de 2016

O homem que existia demais [Conto], de Possidónio Cachapa - Opinião

Sinopse: Quando Savage Danny nasceu prematuramente na beira da estrada já se poderia adivinhar que a sua existência não seria vulgar. Acordar no meio de tigres ou viajar sobre o tejadilho de um carro eram muito mais do que acasos. Antes a essência de um homem maior do que a vida que lhe calhou.

Opinião:
O protagonista não teve uma infância propriamente feliz mas foi muito amado pela sua mãe. Tanto o amou que deu-lhe a escolha de ficar ou seguir em frente. E ele foi embora para o mundo.

O Danny era uma pessoa desligada, livre de todas as amarras, que vivia basicamente para o momento. Um espírito livre, diga-se de passagem. Foi interessante ler acerca das suas aventuras e das coisas malucas que fazia.
O conto encontra-se disponível gratuitamente online aqui (pdf).

domingo, 25 de setembro de 2016

A moeda [Conto], de Gonçalo M. Tavares - Opinião

Sinopse: Kartopeck, homem rude, avesso à cidade, vê o seu rosto desfigurado por manchas enigmáticas que lhe causam um enorme desconforto. Pensa que vai morrer. A prostituta que lhe vende os serviços conta-lhe as moedas, mas também as manchas. E ri-se.

Opinião:
Mais um mês, mais autor novo. Um homem preocupa-se com manchas que tem no rosto, julgando estar relacionado com algum problema de saúde vai ao médico. Este assegura-lhe que não tem que preocupar-se. Apenas a prostituta é quem as conta, bem como as moedas.
Ao ler este conto parecia que estava a entrar em algo que já tinha sido iniciado antes. Achei meio estranho, por um lado ele, a mãe doente e o seu aspecto, por outro lado a prostituta que lhe conta as manchas e as moedas do pagamento. A única coisa evidente é que quanto mais as manchas alastram, mais excluído ele se sente, e deve ser por isso que a procura. Não achei lá muita piada à história.
O conto encontra-se disponível gratuitamente online aqui (pdf). 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dama polaca voando em limusine preta [Conto], de Lídia Jorge

Sinopse: Dama Polaca Voando em Limusine Preta relata o encontro entre um motorista e uma passageira durante um percurso que ambos fazem ao longo de uma região gelada. Mas a passageira não é só a passageira e o motorista encobre uma história única.

Opinião:
Continuando com o desafio que tem como objectivo dar a conhecer trabalhos em português, escolhi este título para o mês. 
Uma senhora tem uma alteração inesperada num voo e manda chamar um taxi, porém o que lhe aparece é uma limusine preta. Sendo ela contra esse tipo de luxos, recusa-se a ir, contudo devido à falta de alternativas, ela acaba por ceder.
O motorista passa grande parte da viagem a contar-lhe acerca da sua falecida esposa polaca e das incríveis semelhanças entre ambas, mas quando para numa zona de estação de serviço aparentemente isolada, ela começa a assustar-se com a situação. 
Um conto que mostra como a mente trabalha a mil e quando assustada, começa a imaginar uma panóplia de cenários e situações. 
O conto encontra-se disponível aqui.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Sortilégio, feitiço e magia [Conto], de Carina Portugal - Opinião

Titulo original - Sortilégio, feitiço e magia
Sinopse: "Verso a verso, ele busca
Por sua amada do coração:
Donzela levada por uma besta
E tomada por uma ilusão."


Opinião:
Um casal enamorado, uma donzela levada por uma criatura e um valente cavalheiro que parte em busca da sua dama, tentando resgatá-la do mal para que possam ter o seu próprio final feliz.
É bem sabido que o meu género literário predilecto é fantasia, então ao me deparar com este título quis ler o conto. O que não esperava era que se tratasse de um poema. Julguei ser apenas uma breve introdução mas fui surpreendida com uma história contada na íntegra sob esse mesmo formato.
Confesso que já há muitos anos não lia poesia e não sendo particularmente apreciadora, estava um pouco relutante em lê-lo. Contudo prossegui e ainda bem pois foi uma lufada de ar fresco, inesperado, e uma breve história que proporcionou uma leitura agradável. Vejam com os seus próprios olhos. 
O conto encontra-se disponível gratuitamente online aqui.

domingo, 1 de maio de 2016

O lago [Conto], de Pedro Cipriano - Opinião

Opinião:
Mais um conto de um autor cujo trabalho jamais tinha lido.
Alice mora com o seu esposo Igor numa casa à beira de um lago. No passado, passava várias horas a fio a conversar com a sua amiga Eunice num banco que ficava frente a ele. Eram bons momentos de convivo e tranquilidade, mas para Eunice parecia algo mais.
Certa tarde ela confidenciou a Alice que via luzinhas no lago, mas esta não fez caso. Tornou-se evidente ao longo do texto que algo acontecera a Eunice.
O tempo passou e agora quem observava luzes que provinham do lago era Alice.
Um conto misterioso e enigmático acerca de um lago muito incomum. A curiosidade era grande e só queria chegar ao fim para perceber o que se passava, mas a resposta a isso fica pendente, deixando o leitor dar asas à imaginação. O conto está disponível gratuitamente aqui.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O vizinho do 4-B [Conto], de Ricardo Dias - Opinião

Opinião:
Este é um conto pequeno que passa-se em dois cenários distintos, sendo que no primeiro trata-se de uma situação normal do dia-a-dia, no qual duas vizinhas estão a lanchar e a coscuvilhar acerca de uma terceira pessoa. O alvo é o vizinho do 4-B, um homem discreto mas com uma aparência não tão discreta, que não socializa e evita todo o tipo de contacto. 
Certo dia uma das vizinhas, Marília, ouviu uma conversa e julga ter descoberto o nome e a profissão do misterioso vizinho. Sabem que é estrangeiro pois ela ouviu-o falar outra língua com um visitante que teve.
O último cenário não se passa no plano normal. Sem querer fazer revelações, está directamente relacionado com a identidade do vizinho e da visita que recebeu no apartamento.
Este conto parecia tomar um rumo, mas ao lermos a segunda parte relacionada com o segundo cenário, somos surpreendidos pela "realidade". Nada é o que parece e foi um aspecto bastante agradável já que a história parecia um pouco enfadonha de inicio.
Uma história curta e surpreendente de um autor de quem ainda nada tinha lido.
O conto está disponível online aqui.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A vendedora de fósforos [Conto], de Hans Christian Andersen - Opinião

Editora: Everest editora
Sinopse: Numa noite fria de Ano Novo, uma pequenina vendedora de fósforos vagueia sozinha pelas ruas, tentando arranjar algum dinheiro para comer. Sem conseguir vender nada, não se atreve a voltar para casa receando o castigo do pai. Resolve abrigar-se entre duas casas e aproveita os últimos fósforos para se aquecer. Cada fósforo que acende traz-lhe visões maravilhosas que a fazem muito feliz...

Opinião:
Recorri a este livro para realizar o tópico: ler um livro infantil (ou infanto-juvenil) do meu TBR jar challenge, o que na verdade foi uma re-leitura, uma vez que recordo-me de lê-lo há muitos anos. 

Uma criança anda pelas ruas a tentar vender fósforos e ganhar algum dinheiro para levar para o pai que a espera em casa. Mas na véspera do ano novo, as pessoas não compraram fósforos e a menina desespera com fome e frio, e receosa de regressar a casa para o castigo que a espera por aparecer de mãos vazias. É então que decide abrigar-se e acender fósforos.
Um conto emocionante que nos fala de pobreza e exclusão, e parece igualmente mostrar haver indícios de violência doméstica por parte do progenitor. É muito penoso e infelizmente ainda hoje é uma realidade para muita gente :(
A história em si é bastante triste mas vejo cada fósforo que a menina acende como uma centelha de esperança.
Esta obra é recomendada a leitura autónoma para alunos do 5º ano, mas é um pequeno conto adequado a vários escalões etários. Aconselho.

terça-feira, 29 de março de 2016

A filha da peste [Conto], de Carina Portugal - Opinião

Opinião:
Não conhecia o trabalho desta escritora, pelo que me decidi a ler este conto da sua autoria para este mês.
Inicialmente estamos perante viajantes do tempo que atravessam eras, até Veneza no século XIV. Numa segunda fase já no final do século XXI seguimos Orfeo, convidado musical para uma festa da alta sociedade na qual uma mulher liberta o conteúdo maléfico de uma caixa perante os convidados.
Após ser extraído do local, descobre que a sua música tem efeitos hipnóticos e relacionados com a resposta imunológica do organismo, e que foi peão para um ataque biológico.
Agradou-me que a história tomasse um rumo policial e que estivesse envolta em mistério. Estava a achar o conto um pouco confuso mas as coisas começaram a encaixar, à medida que a acção decorria. 
Gostei da referência a uma máquina do tempo, de certeza que em alguma fase da nossa vida, a maioria de nós já pensamos o quão bom seria se viajássemos numa dessas máquinas.
Achei a história interessante e fiquei com vontade de ler mais trabalhos da autora.
O conto está disponível online aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Cidade líquida [Conto], de João Tordo - Opinião

Opinião:
Mais um mês, mais um conto, e neste caso mais uma estreia com um autor. Esta é a primeira obra que leio de Miguel Tordo.
Um professor de filosofia encontra o realizador Roque dos Santos, aborda-o e passam uma tarde a trocar impressões. Após o dito encontro, o protagonista decide separar-se da esposa.
Entretanto há uma referência a um filme antigo e parte da história está relacionada com o enredo do mesmo. Ao regressarmos à vida do professor, seguimo-lo até uma festa na casa do Roque para a exibição de um filme projectado, onde têm lugar algumas coisas incomuns.
Honestamente, não senti conexão com a história, creio que o que nos é contado deixa-nos assim como que à deriva. A história parece "cair-nos no colo" e termina após alguns eventos estranhos, deixando a sensação que falta alguma coisa.
O conto está disponível online aqui.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A princesa e a ervilha [Conto], de Hans Cristhian Andersen - Opinião


Opinião:
Esta é a história de um príncipe que andou pelo Mundo na tentativa de encontrar uma noiva, que por sua vez teria que ser uma princesa legitima. Algumas das candidatas não eram princesas de verdade ou havia algo que não batia certo. Certa noite houve uma grande tempestade e bateram-lhe à porta, era uma mulher que afirmava ser princesa. Mas depois de tanta dúvida em relação às anteriores, a rainha decidiu fazer um teste.
Jamais me passou pela cabeça aquele teste como forma de provar se era uma princesa legitima, a sensibilidade e delicadeza da pele, especialmente daquele modo (risos)!
Este é um conto bem à moda antiga, hoje em dia não interessa se é princesa ou plebeia :p A história é curta e adequada a qualquer escalão etário.
O conto está disponível online aqui.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

RIP Alan Rickman



É com muito pesar que nos despedimos do actor que deu vida a um dos nossos personagens mais intrigantes e adorados, Alan Rickman.
O actor que para muitos ganhou maior visibilidade devido à saga Harry Potter, ao interpretar o professor de Poções Severus Snape, perdeu a vida hoje, numa batalha que vinha a travar contra o cancro.
Para sempre permanecerá nas nossas memórias, pela sua excelente contribuição na saga que crescemos a ler.

R.I.P. Descanse em paz. :(














E agora uma das cenas e falas mais marcantes da sua personagem:





Always in our hearts. RIP ϟ

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Um romance [Conto], de Rui Zink - Opinião

Opinião:
O primeiro conto do ano demarca a minha estreia com o autor Rui Zink, e à semelhança de alguns anteriores, é também um integrante da Biblioteca digital DN.
O conto "o romance" dá-nos a conhecer a Carolina e o Artur, durante um jantar ao qual o autor "assistiu". Ao estar posicionado numa mesa próxima, o autor inadvertidamente acabou por ouvir a conversa e acabou por deduzir alguns outros aspectos.
Carolina, uma mulher linda que nunca esteve ao alcance do Artur até aquele momento. Conheciam-se de vista mas jamais foram próximos, até que vários anos mais tarde reencontraram-se na rua, e combinaram marcar algo.
Ao acompanharmos o desenrolar da história, entendemos o que os levou ali e o porquê de estarem naquele momento da vida, entendemos os seus desejos e as vontades.
Achei que o desfecho iria ser diferente, mais um caso do famoso dito "não se pode julgar o livro pela capa". Achei o conto razoável, em compensação, gostei muito da personagem feminina, para a década de 80, uma mulher forte, decidida, com fibra e que sabe o que quer. 
O conto está disponibilizado online aqui.